Nutrição Vegetariana

O número de adeptos da alimentação vegetariana é crescente em todo o mundo. Muitos são os motivos que levam o indivíduo a aderir ao vegetarianismo, como preocupações com a saúde, meio ambiente, ética, ou ainda por não gostar do sabor dos produtos de origem animal.

 

Estudos têm demonstrado que indivíduos vegetarianos apresentam menor risco de desenvolver doenças como obesidade, diabetes, hipertensão arterial sistêmica (HAS), doenças cardiovasculares e certos tipos de cânceres, principalmente de intestino e reto. Isso se deve ao elevado conteúdo de fibras, vitaminas, minerais e gorduras insaturadas presentes nos vegetais, além do estilo mais saudável de vida que estas pessoas geralmente adotam. 

 

Além disso, as dietas vegetarianas podem apresentar menor densidade energética e menor conteúdo de gorduras saturadas quando comparadas às dietas ocidentais que incluem carnes e derivados. (Ministério da Saúde, 2016). Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (2020), “Vegetarianismo é o regime alimentar que exclui os produtos de origem animal”. Os principais tipos de vegetarianismo são: (a) Ovolactovegetariano: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação; (b) Lactovegetariano: utiliza leite e laticínios na sua alimentação; (c) Ovovegetariano: utiliza ovos na sua alimentação; (d) Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.

 

Já o Veganismo é um movimento que vai além da alimentação. O veganismo é filosofia de vida que busca excluir, tanto quanto possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais, seja na alimentação, vestuário ou qualquer outra finalidade (THE VEGAN SOCIETY, 2020).

 

Posição da American Dietetic Association (ADA) sobre a alimentação vegetariana: “A alimentação vegetariana apropriadamente planejada, incluindo dietas veganas, são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem proporcionar benefícios para a saúde,prevenção e tratamento de certas doenças. Bem planejada a alimentação vegetariana é apropriada para indivíduos durante todas as fases do ciclo de vida, incluindo gravidez, lactação, infância, adolescência e também para atletas”.

 

Assim, independente do motivo que leva alguém a retirar ou reduzir do cardápio os alimentos de origem animal, cabe ao Nutricionista, ter conhecimento pleno, pesquisar e estar atualizado sobre a dieta vegetariana, orientar o planejamento alimentar dos indivíduos, visando à promoção da saúde e respeitando as características e decisões pessoais quanto ao padrão dietético.